segunda-feira, 31 de maio de 2010

Chapa liderada por Flávio Dino é apresentada em Imperatriz

Em entrevista coletiva, o pré-candidato ao governo do Maranhão, o deputado federal Flávio Dino (PCdoB/MA) apresentou nesta segunda-feira, dia 31, em Imperatriz a chapa majoritária que disputará o governo do estado nas eleições de outubro deste ano. Flávio Dino tem, ainda, como companheiros de chapa a pré-candidata a vice, Terezinha Fernandes, José Reinaldo Tavares e Bira do Pindaré, pré-candidatos a senador. Flávio Dino diz que a chapa por ele encabeçada é para vencer.

No encontro com os jornalistas, Flávio Dino fez questão de ressaltar que a chapa por ele liderada é mais “Maranhão do Sul”. Disse isso numa referência ao fato de sua vice, Terezinha Fernandes, ser uma das lideranças na região, do pré-candidato ao Senado, Bira do Pindaré, ter família na cidade – seu tio Luis Gonçalves é vereador pelo PSB, e, finalmente, o seu pai, Sálvio Dino, ser ex-prefeito de João Lisboa.

Flávio Dino destacou, ainda, que a base do seu programa de governo está na crença e nos sentimentos. O primeiro sentimento, segundo ele, é o de coragem, de determinação e empolgação. O segundo, é a condição da verdade. E a crença de que é possível um novo modelo de desenvolvimento para o Maranhão pautado na justiça social e na distribuição de renda.

“Sou católico e as bem-aventuranças indicam que podemos modificar o quadro de fome e de justiça”, pontuou Flávio Dino. Na ocasião disse, ainda, que o programa de governo para a cidade de Imperatriz será baseado em saneamento básico, nas políticas de assistência social, educação e saúde, trabalho e renda. Durante a coletiva, ele anunciou a construção de uma praça da juventude em Imperatriz com recursos da ordem de R$ 1 milhão.
 
Companheira de Flávio Dino na chapa, a pré-candidata a vice, Terezinha Fernandes afirmou que políticas públicas são a melhor forma de combater o tráfico de drogas. “Clínicas especializadas devem ser montadas para atender viciados. E o aparato de polícia deve ser reforçado no combate ao tráfico”, defendeu.

Para concluir, Flávio Dino defendeu, também, a escola em tempo integral e disse que será meta do seu governo a melhoria das condições de educação em todo o estado.

ROSEANA É VAIADA EM BALSAS

Blog do John Cutrim

A governadora Roseana Sarney (PMDB) não tem sido bem recebida pela população nas visitas que vem realizando ultimanente ao interior do Estado. Por onde tem passado, a filha do senador José Sarney recebe manifestações de repúdio e sentimentos de revolta dos moradores dos municípios.

A última delas foi em Balsas, no Sul do Maranhão, onde, mais uma vez, Roseana foi vaiada. O episódio aconteceu durante abertura da 9ª edição do Agrobalsas, maior evento do agronegócio do Maranhão. Na região, a governadora conta com índices altos de rejeição em quase todas as cidades.

Desde que foi empossada no Governo do Estado, por meio de um golpe via judicial, Roseana tem colecionado um festival de vais ao seu currículo. Não fosse a interferência de Duda Mendonça, em função dos resultados ruins nas pesquisas, ela preferia estar jogando carteado com seus amigos de Brasília e vivendo sua vida tranquila na mansão do Calhau a ter que enfrentar a população.

Em Imperatriz, durante visita que fez por conta da inauguração do Estádio Frei Epifânio - obra construída da gestão Jackson Lago - ela passou por um dos seus maiores constrangimentos. Foi vaiada nos quatros cantos da cidade por onde andou. Teve até que se disfarçar para entrar e sair do hotel onde estava hospedada, tamanha a insatisfação dos imperatrizenses.

Em Presidente Dutra também não foi diferente. Roseana se aquartelou na PM para fugir das manifestações. E agora, por último em Balsas, também não poderia ser diferente, não escapou dos sons. Fazendo-se justiça, apenas crianças e jovens manipulados por certos líderanças estudantis – vale ressaltar, por pura ingenuidade - têm batido palmas para Roseana.
Ainda bem que a maioria deles não votam…

sábado, 29 de maio de 2010

Flávio Dino esta na lista dos 100 parlamentares mais influentes do país

O deputado federal Flávio Dino (PCdoB), da bancada do Maranhão, figura na lista dos 100 deputados e senadores de maior relevância no Congresso Nacional, elaborada anualmente pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). A lista não inclui neste ano a presidenciável Marina Silva (PV-AC) e o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE), cujo nome acabou recusado pelo partido para concorrer ao Palácio do Planalto. De acordo com as regras do levantamento, apenas parlamentares em efetivo exercício do mandato podem integrar a lista. Assim como Marina e Ciro, outros oitos parlamentares se licenciaram do trabalho legislativo, fato cada vez mais recorrente nos últimos anos.

“Os parlamentares mais influentes preferem um posto no poder Executivo do que continuar no mandato. Parece que sentem seu potencial melhor explorado”, afirmou Antônio Augusto de Queiroz, analista político do Diap e coordenador da pesquisa.

A escolha dos nomes leva em consideração o cargo ocupado pelo parlamentar no Congresso, a influência sobre os demais colegas na tomada de decisões e o envolvimento na discussão de matérias relevantes, de interesse da sociedade. Ao todo, são elencados 69 deputados e 31 senadores. Do total, 22 são do PT, legenda com maior número de representantes na lista, seguido pelo PMDB (17) e PSDB (14).

Liderança – O deputado federal Gilmar Machado (PT-MG) aponta a troca da liderança da bancada petista como um dos motivos para a presença de colegas da legenda no levantamento. “A cada ano você tem um novo líder, que você treina e forma. Todo mundo tem que se capacitar para virar líder e o rodízio estimula a buscar melhor preparação”, afirmou Machado, apontado como um dos deputados influentes na discussão sobre o orçamento.

Entre os parlamentares do Distrito Federal, três deputados e dois senadores aparecem entre os ‘cabeças’ do Congresso. “Os parlamentares do DF têm uma vantagem: como estão em Brasília, têm como se concentrar mais efetivamente no trabalho parlamentar”, afirmou o deputado Rodrigo Rollemberg (PSB), que figura na lista.

Para o coordenador da pesquisa, o levantamento tem como principal objetivo apontar para determinados setores da sociedade quais são os parlamentares mais influentes. A lista, disse Queiroz, motiva ainda os políticos do Congresso a se empenharem no trabalho legislativo. Veja a lista completa dos 100 parlamentares mais influentes do Congresso;

Os ‘cabeças’ do Congresso Nacional são, na definição do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), aqueles parlamentares que conseguem se diferenciar dos demais pelo exercício de qualidades e habilidades. Entre os atributos considerados, o Diap destaca a capacidade de conduzir debates, negociações, votações, articulações e formulações.

Flávio Dino discute programa de governo com especialistas

O pré-candidato ao governo federal, Flávio Dino, passou os dois últimos dias reunidos com especialistas nas áreas de saúde, agricultura, pesca, educação, ciência e tecnologia, com o objetivo de discutir temas e colher sugestões que vão nortear a elaboração do programa de governo que será apresentado pela chapa.

O combate à mortalidade infantil é uma das prioridades no plano de governo que está sendo elaborado pela chapa formada pelo PT, PCdoB e PSB, que disputará o governo do Maranhão nas eleições de outubro. Também estarão na lista de preocupações da coligação uma política estadual de recursos humanos para a saúde e a ênfase na formação de médicos e demais profissionais da área.

O pré-candidato ao governo federal, Flávio Dino, passou os dois últimos dias reunidos com especialistas nas áreas de saúde, agricultura, pesca, educação, ciência e tecnologia, com o objetivo de discutir temas e colher sugestões que vão nortear a elaboração do programa de governo que será apresentado pela chapa. Além de professores de universidades sediadas no Maranhão, participaram das reuniões sindicatos e representantes de institutos e entidades de classe.

As reuniões são as primeiras de uma série de três que serão feitas para a definição clara de políticas e compilação de sugestões. Ao todo, o programa de governo proposto pela chapa identificou 22 áreas consideradas chave para a renovação das políticas públicas do Estado.

Agricultura e Pesca

Segundo o pré-candidato ao governo do Estado, Flávio Dino, esse modelo participativo de construção do programa de governo é o primeiro passo na direção de romper com um modelo oligárquico e patrimonialista que marcam o Brasil e o Maranhão. “O governo do Maranhão hoje modificou a maneira como se faz política e confundiu o público com o privado. É esse o modelo de administração que se pratica no Maranhão hoje. Mas política se faz com Justiça”, disse ele.
Durante os debates sobre agricultura, pesca e saúde, realizados na quinta-feira, 28, no hotel Holiday Inn, foram discutidas alternativas para a reorganização do sistema de agricultura, como a contratação de técnicos com salários adequados. Também se discutiu a disponibilização de tecnologias voltadas para agricultores familiares.

O programa de governo proporá ainda melhorias na estrutura disponibilizada para pescadores atualmente, visando, em conjunto com colônias e sindicatos, complementar e fortalecer as cadeias produtivas do pescado no Maranhão. Ao final do primeiro dia de reuniões, Flávio Dino agradeceu aos presentes: “Me sinto mais preparado do que duas horas atrás”, comentou.

Plano é investir na formação de profissionais

No âmbito da saúde, outra questão importante levantada foi a necessidade de garantir a formação de mais médicos e profissionais da área, para atuar principalmente nos municípios do interior. Atualmente, segundo dados expostos por especialistas durante a reunião, a proporção de médicos por habitante no interior do estado é de um para cada três mil habitantes – muito abaixo do que recomenda a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Outros pontos importantes discutidos foram a atenção especial que deverá ser dada ao programa Saúde na Família, com ênfase à saúde preventiva, e o fortalecimento dos conselhos de saúde. Flávio Dino também manifestou mais uma vez o apoio ao Projeto de Lei 2295/2000, que fixa em 30 horas semanais a duração máxima da jornada de trabalho para profissionais de enfermagem.

Além das reuniões com especialistas, a coordenação de campanha da chapa majoritária também está colhendo sugestões para o programa de governo junto à população. A iniciativa é inédita no Maranhão. Diversos pedidos e propostas já foram encaminhados à comissão nos 25 municípios por onde o grupo passou no último mês. Nas próximas semanas, a chapa também deverá começar a colher propostas pela internet. Para isso, um link deverá ser disponibilizado no site do pré-candidato ao governo, no endereço eletrônico www.flaviodino.com.br

O povo é maior

Nas minhas andanças pelo Maranhão, tenho sentido que há um clima de irredentismo em relação à forma pela qual fui retirado do governo do Estado.

Por todas as regiões pelas quais eu ando, ouço a informação de que meus adversários erraram quando me retiraram do governo, pois se quisessem me derrotar deveriam aguardar o fim da minha administração e. aí, então, disputariam comigo o comando do Estado.

Todos nós sabemos que eles não quiseram esperar o fim do meu governo. Recorreram ao “tapetão” e me depuseram pela forma espúria que todos nós conhecemos.

Ontem, participei da Pré-Convenção dos partidos que desejam formar uma coligação em torno de mim para reconquistar o governo do Estado.  Ali, pude sentir que o sentimento de perda, de esbulho, está presente em todos quantos estiveram naquele ato público.

Mais que isso: o sentimento ali vigente era o de recobrar o comando do Estado e de retomar o fio da História, fazendo o Maranhão voltar ao período de desenvolvimento econômico e social que propiciamos durante o curto tempo em que estivemos no governo do Maranhão.

Os homens, mulheres e jovens ali presentes mostravam com sua mobilização que, não somente queriam a continuidade do momento novo que meu governo propiciou, como estavam dispostos a mobilizar multidões em tono de si para que o Maranhão recobrasse o caminho da democracia e da liberdade.

O slogan vigente naquela reunião foi um só: o povo é maior, significando que o voto de quatro ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), por maior peso que tenha e por mais qualificado que seja não pode suplantar a vontade de 1,4 milhões de maranhenses que, de livre e espontânea vontade, manifestaram seu anseio de ver o Maranhão livre, democrático e desenvolvimentista.

A Pré-Convenção de ontem reuniu dirigentes e lideranças do PSDB, do PPS, do PTC e do PDT, além de militantes sociais sem vinculação partidária e membros de partidos do campo democrático que ainda não definiram quanto ao caminho a seguir,

Foi um momento importante, que mostrou que as pressões, as perseguições, a chantagem e o arbítrio implantados após minha deposição podem acovardar uns poucos, mas que a imensa maioria sonha em ver um Maranhão de justiça e de desenvolvimento econômico e social.

O povo é maior e isso foi entendido por importantes lideranças partidárias, populares, sindicais, comunitárias e sindicais, que deram o colorido à Pré-Convenção de ontem.

Minha pré-candidatura que nasceu frágil pela falta de apoios em outras agremiações partidárias, hoje se consolidou com a junção de outras legendas que entenderam o momento de definições por que passa não só o Maranhão como o Brasil como um todo.

Nossos adversários, enquanto isto, patinam nas indefinições e só devem sair delas às vésperas do período eleitoral propriamente dito, pois o que os une não é um projeto político, mas a tentativa de se manter ou de conquistar o poder a qualquer custo.

A Pré-Convenção de ontem, com a participação massiva de lideranças de todo o Estado, é um marco na caminhada do povo maranhense em busca de sua libertação social, econômica e política. E é, também, a conquista de um novo patamar na luta do povo maranhense em busca dum futuro de democracia, de liberdade e de justiça social.

* Artigo do ex-governador Jackson Lago publicado na edição deste sábado (29) do Jornal Pequeno

Chapa majoritária realiza o primeiro ato pró-Dilma Roussef no Maranhão

Em ato político realizado nesta sexta-feira (28), no Sindicato dos Bancários, na Rua do Sol, militantes do PT descartaram a possibilidade de intervenção nacional na legenda. O vice-presidente do PT no Maranhão, Augusto Lobato, disse achar improvável que o PT nacional decida intervir no Maranhão. Lobato explicou que é preciso conseguir votos de pelo menos dois terços dos delegados nacionais para que isso aconteça. “Não acredito que tantos companheiros votem pela intervenção”, disse.

A declaração foi feita em planária realizada pelo PCdoB, PT e PSB. Os três partidos compõem a chapa majoritária definida pelos três partidos nos dias 21 e 22 de maio. Com a atividade organizada no Sindicato dos Bancários, a coligação larga na frente na organização da campanha de apoio à ex-ministra Dilma Roussef no Maranhão.

Em discurso emocionado, a pré-candidata a vice-governadora, Terezinha Fernandes, reforçou a tese de Lobato e garantiu que o partido não aceitará intervenção. “Não aceitaremos modificação de um resultado que nós conquistamos democraticamente. Não podemos deixar que matem os nossos sonhos”, disse.

Palanque – Durante a plenária, foi divulgada uma carta em apoio a Dilma Roussef. No documento, os militantes destacam a trajetória política, ideológica e administrativa que, segundo os três partidos, credenciam a ex-ministra a dar continuidade ao projeto de governo iniciado pelo presidente Lula nos últimos oito anos. “Enxergamos em Dilma o projeto de um Brasil mais justo e inclusivo”, diz o texto. A carta também ressalta o apoio a Flávio Dino, Terezinha Fernandes, Bira do Pindaré e José Reinaldo Tavares como integrantes da chapa majoritária escolhida pelos três partidos.

Para o pré-candidato ao Senado, José Reinaldo Tavares, a pressão sobre o Partido dos Trabalhadores para que este se alie à governadora Roseana Sarney (PMDB) é reflexo dos elevados índices de rejeição que a pré-candidata à reeleição teria em várias regiões do Maranhão. “Ela já trouxe o Lula aqui três vezes, e trouxe a Dilma duas, e ainda assim é rejeitada. Ela sabe que a única saída é ter o Lula aqui, pedindo votos para ela”, disse José Reinaldo.

Para Bira do Pindaré, o apoio a união do PT com PCdoB e PSB dará a Dilma um palanque forte e íntegro. “Somos aliados históricos e não de ocasião, portanto ninguém no Maranhão tem mais autoridade para fazer campanha para a Dilma do que nós”, garantiu Bira. Ele lembrou ainda que o objetivo da chapa é assumir, juntamente com Dilma, o compromisso de ir além dos oito anos de governo Lula.

“O Maranhão também tem que mudar” – Flávio Dino agradeceu o apoio dos companheiros de chapa e dos militantes presentes. O pré-candidato ao governo do Maranhão disse que a aliança com a candidata Dilma é a chance para o Maranhão experimentar o mesmo nível de desenvolvimento atingido pelos demais estados brasileiros durante os oito anos de governo Lula.      “Para o Brasil continuar mudando, o nosso estado também tem que mudar”, disse Flávio Dino.

Flávio Dino ressaltou o caráter histórico de aliança dos três partidos e garantiu que não desistirá da candidatura. “A imprensa nacional e local, os colegas parlamentares em Brasília, minha família, meus amigos, meu companheiros de campanha, todos me dizem diariamente para não desistir. Por que eu desistiria? Serei candidato.”, garantiu.

Ricardo Murad responde a 30 processos na Justiça e pode não sair candidato

A lista de processos a que responde o ex-secretário Saúde e deputado estadual, Ricardo Murad,  na Justiça maranhense é extensa. Capaz de dobrar um quarteirão. São 30 processos, sendo a maioria nas Varas da Fazenda Pública.

A mais grave e que tanto incomoda o deputado,  foi movida pelo procurador de Justiça, Raimundo Nonato de Carvalho Filho, por improbidade administrativa.

Murad é acusa do de desvio de recursos durante sua gestão na Gerência Metropolitana. As denúncias do Ministério Público se referem a aplicação de verbas na construção e reforma de estações de esgotamento sanitários na capital.

O Tribunal de Justiça acatou a denúncia do MP, mas o processo caminha lentamente. Aliás, nem se sabe ao certo por onde anda.

Logo que Ricardo Murad anunciou seu retorno ao cargo de secretário de Saúde, inconformado com a gestão do atual titular da Pasta, Luis Alfredo Guterres, muitos acreditaram que ele não enfrentaria as urnas com receio de ter a candidatura cassada.

Murad, a bem da verdade, não teve nenhum processo transitado em julgado, mas por menos disso muito tiveram as candidaturas cassadas.

Contra a candidatura dele não houve nenhuma ação movida por partidos. Mas agora a coisa é diferente. O caldeirão da política maranhense ferve e ninguém quer deixar espaços para seus adversários.

Abaixo a pequena relação dos processos a que responde Ricardo Murad na Justiça.   
83962009 26/03/2009 4ª VARA FAZENDA PUBLICA SECRETARIA DA 4A VARA DE FAZENDA PUBLICA
56922009 02/03/2009 6ª VARA FAZENDA PUBLICA SECRETARIA DA 6A VARA DE FAZENDA PUBLICA
272762008 20/10/2008 6ª VARA FAZENDA PUBLICA SECRETARIA DA 6A VARA DE FAZENDA PUBLICA
236412008 05/09/2008 4ª VARA FAZENDA PUBLICA SECRETARIA DA 4A VARA DE FAZENDA PUBLICA
315012006 11/12/2006 QUEIXA-CRIME 8ª VARA CRIMINAL SECRETARIA DA 8A VARA CRIMINAL
275412006 31/10/2006 AÇÃO ORDINARIA DE INDENIZACAO 3ª VARA CIVEL SECRETARIA DA 3A VARA CIVEL
180172006 03/08/2006 AÇÃO ORDINARIA DE INDENIZACAO POR DANO 4ª VARA CIVEL SECRETARIA DA 4A VARA CIVEL
153112006 03/07/2006 AÇÃO ORDINARIA DE INDENIZACAO 4ª VARA CIVEL SECRETARIA DA 4A VARA CIVEL
70032006 29/05/2006 AÇÃO CIVIL PUBLICA 5ª VARA FAZENDA PUBLICA SECRETARIA DA 5A VARA DE FAZENDA PUBLICA
70032006 25/04/2006 AÇÃO CIVIL PUBLICA 7ª VARA CIVEL SECRETARIA DA 7A VARA CIVEL
66402006 19/04/2006 QUEIXA-CRIME 6ª VARA CRIMINAL SECRETARIA DA 6A VARA CRIMINAL
66082006 19/04/2006 ACAO DE CONSIGNACAO EM PAGAMENTO 1ª VARA CIVEL SECRETARIA DA 1A VARA CIVEL
59812006 07/04/2006 AÇÃO ORDINARIA DE INDENIZACAO 4ª VARA CIVEL SECRETARIA DA 4A VARA CIVEL
43202006 16/03/2006 AÇÃO ORDINARIA DE INDENIZACAO 4ª VARA CIVEL SECRETARIA DA 4A VARA CIVEL
14882006 01/02/2006 DECLARATORIA 3ª VARA FAZENDA PUBLICA SECRETARIA DA 3A VARA DE FAZENDA PUBLICA
11282006 24/01/2006 AÇÃO CIVIL PUBLICA 5ª VARA FAZENDA PUBLICA SECRETARIA DA 5A VARA DE FAZENDA PUBLICA
8732006 20/01/2006 AÇÃO CIVIL PUBLICA 7ª VARA CIVEL SECRETARIA DA 7A VARA CIVEL
226872005 02/12/2005 EXECUCAO FISCAL 6ª VARA FAZENDA PUBLICA SECRETARIA DA 6A VARA DE FAZENDA PUBLICA
160582005 28/10/2005 AÇÃO ORDINARIA DE INDENIZACAO POR DANO 3ª VARA CIVEL SECRETARIA DA 3A VARA CIVEL
160582005 29/08/2005 AÇÃO ORDINARIA DE INDENIZACAO POR DANO 4ª VARA CIVEL SECRETARIA DA 4A VARA CIVEL
56302005 30/03/2005 DENUNCIA 8ª VARA CRIMINAL SECRETARIA DA 8A VARA CRIMINAL
162602002 24/05/2004 EMBARGOS A EXECUCAO 6ª VARA FAZENDA PUBLICA SECRETARIA DA 6A VARA DE FAZENDA PUBLICA
162602002 21/05/2004 EMBARGOS A EXECUCAO NAO INFORMADO NÃO INFORMADO
15852004 30/01/2004 AÇÃO POPULAR 1ª VARA FAZENDA PUBLICA SECRETARIA DA 1A VARA DE FAZENDA PUBLICA
192262002 11/11/2002 CARTA PRECATORIA VARA DE CARTAS PRECATORIAS CÍVEIS E CRIMINAIS SECRETARIA DA VARA DE CARTAS PRECATORIAS CÍVEIS E CRIMINAIS
162602002 25/09/2002 EMBARGOS A EXECUCAO 1ª VARA FAZENDA PUBLICA SECRETARIA DA 1A VARA DE FAZENDA PUBLICA
293161995 06/06/2002 BUSCA E APREENSAO 1ª VARA FAZENDA PUBLICA SECRETARIA DA 1A VARA DE FAZENDA PUBLICA
293161995 21/11/1995 BUSCA E APREENSAO 2ª VARA CIVEL SECRETARIA DA 2A VARA CIVEL
293161995 19/10/1995 BUSCA E APREENSAO 6ª VARA CIVEL SECRETARIA DA 6A VARA CIVEL
299311995 01/09/1995 AÇÃO ORDINARIA DE INDENIZACAO POR DANO 1ª VARA CIVEL SECRETARIA DA 1A VARA CIVEL
293161995 21/08/1995 BUSCA E APREENSAO 2ª VARA CIVEL SECRETARIA DA 2A VARA CIVEL
0322252009 29/10/2009 QUEIXA-CRIME
0322262009 29/10/2009 QUEIXA-CRIME
0073492010 09/03/2010 AGRAVO REGIMENTAL
0087532010 19/03/2010 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
0167342010 20/05/2010 RECURSO ESPECIAL CRIMINAL

PMDB rompe com PT no Pará e Jader tentará voltar ao Senado

Depois de cerca de oito meses de indefinição, o PMDB no Pará decidiu que não irá se coligar com o PT para apoiar a reeleição da governadora petista Ana Júlia Carepa.

Em reunião na noite de quinta, os peemedebistas decidiram que lançarão candidatura própria. Inicialmente, o escolhido foi o deputado estadual Domingos Juvenil, presidente da Assembleia Legislativa.

Ficou definido também que o deputado federal Jader Barbalho, principal líder da sigla no estado, tentará voltar ao Senado, onde chegou a ser presidente. Em 2001, ele renunciou ao cargo de senador, em meio a escândalos de corrupção.

A reedição da aliança que elegeu Ana Júlia em 2006 era considerada muito importante para a reeleição da governadora, e essencial para compor um palanque forte para a pré-candidata ao Planalto do PT, Dilma Rousseff, no estado mais populoso da região Norte.

Durante o período de negociação, diversas lideranças nacionais petistas foram a Belém tentar convencer Barbalho, como o ministro José Padilha (Relações Institucionais) e o ex-ministro José Dirceu.

Mas as rusgas acumuladas durante os três anos e meio de governo estadual, no qual o PMDB diz ter sido "escanteado" pelos petistas, e os resultados de pesquisas de intenção de voto, indicando altos índices de rejeição de Ana Júlia, animaram os peemedebistas.
(Folha Online)

quinta-feira, 27 de maio de 2010

O titular deste blog parabeniza o monsenhor Hélio Maranhão pelo seus 80 anos sempre a serviços das grandes causas. VIDA LONGA AO PASTOR DE TUTÓIA!

A saga do poeta que ganhou o mundo e virou Monsenhor (história)

Por: Manoel Santos Neto (publicado em 9/01/2007).
O ano de 2007 começa cheio de expectativas para o monsenhor Hélio Maranhão. No próximo mês de maio, ele completará 77 anos de idade, sendo 51 anos de clérigo, ou seja, atuando como padre. Para comemorar a data, o monsenhor pretende receber em sua residência, no Tirirical, bispos do Maranhão, capelães militares e amigos. E pretende também concretizar um dos seus grandes sonhos: a publicação de sete de suas mais importantes e inéditas obras literárias.

Poeta, orador sacro, homem público, versátil, trabalhador, inteligente e corajoso, com inegável e invejável folha de serviços prestados à Igreja, ao Estado e à cultura, o monsenhor Hélio Maranhão é reconhecido como uma das maiores expressões do Clero maranhense.

Com um currículo que ostenta sete livros publicados, ele não consegue esconder de ninguém que está todo exultante, porque acaba de fazer a revisão dos originais das suas sete novas obras, todas inéditas, e prontas para publicação. Uma delas é Uma carta de amor, com comentários à Carta Encíclica do Papa Bento XVI sobre o amor de Deus que se revela no amor do homem e da mulher, isto é, no amor dos irmãos. Já está no prelo o livro Maria Mãe de Deus e nossa mãe. Com esta obra sobre Nossa Senhora medianeira de todas as graças, pela mediação de seu Filho, Jesus Cristo, – o autor ressalta a figura da mulher que não é deusa, mas é a mãe de Deus.

Capelania Militar... Ontem e Hoje conta um pouco da história da Capelania Militar nos 170 anos de existência da Polícia Militar do Maranhão. Folhas verdes... para sempre contém artigos publicados em jornais de São Luís. O monsenhor prepara com carinho, mas sem muita pressa, Janelas de Meu Claustro – um livro de poesias que, segundo informa, agora não poderá publicar, porque causaria choque. "Tem sonetos fortes; são poemas de amor, porque o padre também ama", afirma o poeta, sorridente, porém receoso de más interpretações.

Um parêntese para mais uma boa notícia: Hélio Maranhão concluiu seu livro de memórias – O Pastor de Tutóia – onde ressurge o retrato de um escritor que conta sua própria história, de um homem acuado pela Revolução de 1964 e incompreendido pela sua Igreja, em pleno século XX. O clérigo e escritor lembra, por exemplo, que, depois de ter sido professor do Seminário Santo Antônio, foi nomeado assistente eclesial da Juventude Universitária Católica (JUC), numa fase de efervescência política.

Nessa época, aconteceu o pior: veio o golpe militar, com tenebrosos tempos de tirania e de perseguições. "Todos nós fomos perseguidos. Tive de me esconder em Tutóia", revela, lembrando que, naqueles tempos, ninguém ia para aquela região, no Baixo Parnaíba, porque Tutóia era tida como a Sibéria do Maranhão: lá não havia transporte, nem estradas, nem água nem luz elétrica. "Fui denunciado 86 vezes à Revolução pelos prefeitos de Tutóia. Estive 11 vezes no SNI e nove vezes no Dops, à época do coronel Gondim."

Trajetória de lutas – O monsenhor Hélio Maranhão nasceu no dia 27 de maio de 1930, em Barra do Corda. Aos 13 anos de idade veio para São Luís e entrou para o Seminário Santo Antônio, onde concluiu o curso aos 20 anos de idade. Segundo ele, todas as suas decisões tiveram o apoio da mãe, Perpétua Nava Maranhão, de descendência italiana. "Ela foi incansável no meu acompanhamento. Deu-me força antes, durante e depois que decidi ser seminarista. Devo tudo a ela", disse.

Hoje, Hélio Maranhão integra o quadro de Oficiais Capelães e chefia o Serviço de Assistência Religiosa da Polícia Militar.

Antes de ser capelão militar, foi nomeado capelão pelo Papa Pio VI. Na época do seminário, ele era aluno-destaque. Tanto é que foi escolhido para ser o presidente da Academia Lítero-Musical do Seminário e foi presenteado com um curso de teologia em Roma, onde fez bacharelado em teologia pela Universidade Gregoriana de Roma (maior Centro Universitário Católico do Mundo). "Fui o primeiro padre mandado a Roma para estudar teologia", contou o monsenhor. Em Roma, foi eleito presidente da Academia Bento Inácio de Azevedo – transformada em Centro de Estudos e Debates Teológicos no Seminário Rio-Brasileiro.

Sua primeira missa foi celebrada em dezembro de 1956, ano em que foi ordenado. De lá pra cá, Hélio Maranhão foi acumulando momentos marcantes. Criou a Comunidade Eclesiástica de Base, em Tutóia, dando início à experiência da participação viva, ativa, livre e consciente do povo nas liturgias da Igreja. O arcebispo da época, Dom Delgado, ficou intrigado quando foi lá e encontrou uma Igreja fervendo.

O monsenhor iniciou sua carreira de homem de letras em 1968, quando lançou seu primeiro livro, A Missa Participada, com três edições esgotadas. Depois, vieram A Igreja e as Comunidades Eclesiais de Base (1998), Palavras de ontem e de hoje (1999), Podium Immortalitatis (2003), O Brilho das Estrelas (2004), A Semana Santa Ontem e Hoje (2005) e A Cara Nova da Polícia Militar do Maranhão (2007). O escritor observa que o lançamento de seu primeiro livro aconteceu em Codó, cidade onde morava o seu padrinho, Circinato Ribeiro Rego. "Foi ele quem me mandou para o seminário."

Desde 1976, portanto há 30 anos, Hélio Maranhão é monsenhor. Aliás, é o único monsenhor maranhense. Esta é uma distinção concedida pelo Papa, a pedido do bispo, para os sacerdotes que se destacaram de algum modo no serviço da Igreja. Para quem não sabe, ele fundou as Comunidades Eclesiais de Base, nas brancas areias de Tutóia, em 1965, no calor do período que se seguiu ao golpe militar de 64. O monsenhor costuma dizer que as CEBs nasceram à luz da palavra de Deus, na força da Eucaristia, para mudar as pessoas e transformar o mundo. "As CEBs foram as mais lindas invenções da Igreja no século XX", na definição do ex-arcebispo emérito de Aparecida, o cardeal Aloísio Lorscheider.

Ainda adolescente, Hélio Maranhão dizia para si mesmo que, se não conseguisse ser padre, tentaria a carreira militar. Aos 63 anos, ele assumiu a Capelania Militar da PMMA, nomeado em novembro de 1993, no posto de capitão, pelo então governador Edison Lobão e jurisdicionado capelão militar pelo arcebispo militar do Brasil, D. Geraldo do Espírito Santo Ávila. "Acordo cedo; sete e meia já estou na Polícia, todos os dias, e criei um slogan para mim mesmo: sou capelão militar 24 horas no ar."

Por tudo o que já viveu e continua conquistando nesta nova etapa de sua vida, Hélio Maranhão mostra-se feliz em comemorar meio século na condição de clérigo. Para ele, é uma façanha que significa afirmação da vida humana e sacerdotal no seu apogeu e na sua grandeza divina. "Só tenho a agradecer a Deus por me permitir estar vivo para comemorar estas conquistas entre amigos", acentua o monsenhor.

Fonte: www.guesaerrante.com.br

Plenária pró-Dilma dá início à mobilização no Maranhão

Central de Notícias

Integrantes do PCdoB, PT e PSB promovem nesta quinta-feira, 27, no auditório do Sindicato dos Bancários, na Rua do Sol, uma plenária de apoio à candidatura da ex-ministra Dilma Rouseff à presidência.

Tem presença confirmada na plenária todos os integrantes da chapa majoritária consolidada no encontro estadual do PT realizado nos dias 21 e 22 de maio: o pré-candidato a governador, Flávio Dino (PCdoB), a pré-candidata a vice-governadora, Terezinha Fernandes (PT), e os pré-candidatos a senador Bira do Pindaré (PT) e José Reinaldo Tavares (PSB), além de diversas lideranças partidárias e de movimentos sociais.

O evento marca o início oficial da organização da campanha pró-Dilma no Estado, e a continuidade das discussões do programa de governo que será apresentado pelas três legendas.

Compromisso

Para o pré candidato ao Senado e secretário de formação do PT no Maranhão, Bira do Pindaré, ao largar na frente com as discussões do programa de governo e no apoio à ex-ministra, a chapa majoritária construída no Maranhão reafirma o seu compromisso com o presidente Lula.

"Aqui no Maranhão, a Dilma tem um palanque ético, cujo apoio é histórico, comprometido com o país e com o estado. Isso é fundamental para a candidatura da Dilma, para que no futuro governo se possa garantir a continuidade das políticas do governo Lula”, avaliou Bira.

José Reinaldo Tavares, também pré-candidato ao Senado, ressaltou que o avanço das discussões é um demonstrativo da seriedade do pré-candidato Flávio Dino. “Com isso, o Flávio vem mostrar que está muito preocupado com os péssimos indicadores apresentados pelo Maranhão, e em condições de propor uma solução nova para o Estado”, pontuou José Reinaldo, para quem a ampla participação popular no governo é a garantir para conseguir atender aos anseios da população. “Será um programa muito abrangente, em condições de atender aos anseios do povo”, garantiu.

Programa de governo é participativo

As primeiras discussões sobre o programa de governo que será apresentado por PCdoB, PT e PSB iniciaram há cerca de um mês, com as caravanas organizadas pelos aliados do deputado Flávio Dino para o interior do estado.

Acompanhado de diversas lideranças políticas e de integrantes de movimentos sociais, Flávio Dino participou de reuniões em diversos municípios do estado, nas regiões central, tocantina e do baixo Parnaíba. Nas reuniões, foram discutidas perspectivas de desenvolvimento para o Maranhão e apresentadas sugestões para compor o futuro programa de governo da chapa.

De acordo com Cristiano Capovilla, um dos organizadores da campanha, a idéia é construir um programa de governo interativo e participativo, algo até então inédito no Maranhão. “Não é hábito que se coloque em discussão quais serão as propostas de governo. Além de diferente, é interessante porque se tem a oportunidade de descobrir as necessidades dos municípios e ouvir a população sobre o que ela precisa”, explicou Capovilla.

Luto no jornalismo maranhense

Não há como falar em democracia sem liberdade de imprensa, liberdade de expressão, sem jornalismo plural. Na atualidade, o jornalismo está entre um dos mais importantes campos sociais. Resumidamente, podemos vê-lo como mediador entre a realidade e o público e, por esta razão, exerce grande influência na sociedade. Reconheço, respeito e admiro os profissionais do jornalismo pela grandiosa missão que cumprem diariamente de informar, de mediar, de tornar públicos temas diversos, de trazê-los ao debate. Mantenho com esses profissionais uma permanente relação de colaboração, até mesmo por exercer uma função pública, que me coloca no dever de prestar contas, por meio da imprensa, das atividades que desenvolvo.

Diante desse reconhecimento e dessa atitude de colaboração que tenho com jornalistas de diversos estados e, particularmente do Maranhão, é que senti profundamente a perda de três profissionais da imprensa em uma mesma semana, enlutando essa atividade em meu estado. Refiro-me aos jornalistas Jurivê Macedo, Walter Rodrigues e Telma Borges. Acompanhava, admirava os seus trabalhos e mantinha com todos os três uma relação de amizade e respeito.

Senti muito pelo falecimento dos profissionais, o que me levou a ocupar a tribuna na Câmara, na última semana, para lamentar aqueles tristes dias para a imprensa maranhense, para seus familiares e amigos.

Jurivê Macedo, o mais velho dos três, era o decano do jornalismo político maranhense, com atuação destacada na região tocantina e no sul do estado. Foi fundador do jornal O Progresso, o primeiro jornal de Imperatriz, onde ficou até 1984, quando foi contratado pelo jornal O Estado do Maranhão, no qual escrevia a coluna “Comentando os Fatos”. Jurivê integrou, também, a Academia Imperatrizense de Letras, tendo sido colega e amigo do meu pai. Era um jornalista de grande prestígio e foi também um militante das lides jurídicas. No ano passado, quando estive em Imperatriz apresentando a minha pré-candidatura ao Governo do Estado, fiz questão de visitar Jurivê, pedindo seus conselhos e opiniões sobre o quadro político maranhense.

Walter Rodrigues era um antigo amigo com o qual trocava muitas ideias sobre o nosso estado. Embora nascido no Pará, conhecia profundamente as coisas do Maranhão, especialmente o mundo político. Era dono de um texto primoroso, recheado de frases bem-humoradas. Teve uma atuação destacada na luta pelos Direitos Humanos, levando o meu partido, o PCdoB , em 2008, a homenageá-lo com o Prêmio José Augusto Mochel, exatamente por sua notável atuação acerca daquele tema e de denúncias de casos de corrupção. Walter foi um grande jornalista e deixou um legado para esta e para futuras gerações de profissionais.

Outra grande perda foi a morte precoce da jornalista Telma Borges, casada com o também jornalista Jorge Vieira. Conheci Telma por intermédio de sua irmã Arlete Borges, atualmente professora universitária, quando militávamos no movimento estudantil da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Foi para Telma, na época repórter de O Imparcial, que concedi a minha primeira entrevista nos anos 80, como líder estudantil. Era uma profissional de grande sensibilidade para os temas sociais e dona de um texto irretocável. Desejo que Deus dê a Arlete, uma grande amiga, ao Jorge e suas filhas Isadora e Natália o conforto necessário para superar essa perda.

Na última segunda-feira, quando estive na sede do PT, em uma entrevista coletiva para apresentação dos companheiros que comporão a nossa chapa majoritária nas próximas eleições, fiz questão de saudar os jornalistas presentes com uma homenagem a Jurivê, Telma e Walter – que agora reitero.

Finalizo, solidarizando-me com as famílias desses três profissionais, pessoas de grande qualidade e que muito contribuíram com o debate de idéias e com o desenvolvimento do nosso estado.

Jurivê Macedo, Walter Rodrigues e Telma Borges se foram, é verdade, mas as suas atuações profissionais ficarão sempre presentes na nossa vida política.

Sarney se contradiz e Senado chama FGV para 'nova' reforma

Ana Paula Scinocca e Leandro Colon
O Estado de S. Paulo

O Senado recontratou a Fundação Getúlio Vargas para fazer reforma administrativa. O preço é o mesmo pago à fundação em 2009: R$ 250 mil. O ato contradiz discurso de 2009 do presidente José Sarney (PMDB-AP) de que a primeira proposta da FGV daria resultado.

Fundação Getúlio Vargas foi recontratada por R$ 250 mil, o mesmo valor pago pelo primeiro trabalho que foi feito em 2009 e não saiu do papel

Um ano após a maior crise de sua história, o Senado deu um passo atrás e anunciou que contratou novamente a Fundação Getúlio Vargas para fazer uma reforma administrativa na Casa. O preço é o mesmo já pago à FGV em 2009: R$ 250 mil.

Isso contradiz discurso do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), em 17 de julho passado, de que a primeira proposta da FGV daria resultado concreto.

A recontratação da FGV foi anunciada ontem por Tasso Jereissati (PSDB-CE), relator da comissão de senadores criada para elaborar a reforma, prometida por Sarney, no ano passado, para diminuir a estrutura inchada de 10 mil funcionários e uma folha de pagamento de R$ 2,1 bilhões.

As mudanças até agora não saíram do papel e a diretoria-geral guarda a sete chaves um projeto de aumento de salários dos próprios funcionários que aguarda votação em plenário. Somam-se a isso novas denúncias de fantasmas, manutenção de empresas terceirizadas sob suspeita e o fracasso na tentativa de controlar a frequência dos servidores para evitar abuso com horas extras.

Ao justificar a recontratação da fundação, Tasso acusou os servidores do Senado, sob o comando do diretor- geral, Haroldo Tajra, de terem desvirtuado a primeira versão da reforma. Nos bastidores, esses servidores reclamam que a FGV apresentou estudo sem conhecer in loco o Senado, atuando apenas em cima de organogramas. Eles não aceitam as mudanças sugeridas, como os cortes em gratificações.

Tasso avaliou que o primeiro trabalho da FGV foi superficial e, em plenário, criticou a atual administração do Senado. "Saiu o Agaciel (Maia, ex-diretor) e continua agacielizada", disse. Agaciel Maia comandou a Casa por 14 anos e foi acusado de envolvimento com os atos secretos e outras irregularidades internas.

Integrante da comissão criada para a reestruturação, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) foi à tribuna criticar as mudanças feitas pelos funcionários em cima da proposta inicial da FGV. "As coisas continuam como se nada tivesse acontecido." Como exemplo do inchaço do Senado, citou a superestrutura da Polícia Legislativa. "Nem no tempo da ditadura tinha algo parecido."

No ano passado, Tasso e Simon integraram grupo de senadores que pediu o afastamento de Sarney, envolvido no escândalo dos atos secretos revelados pelo Estado no dia 10 de junho.

Ontem, Sarney disse apenas que a reforma administrativa da Casa será modelo para a administração pública. A diretoria-geral do Senado afirmou que prestou todos os esclarecimentos para a comissão de senadores que toca a reforma. O diretor da FGV Bianor Cavalcanti, que comanda a reforma em nome da instituição, disse que o objetivo da nova contratação é dar "alinhamento maior" ao que já foi feito.

RUBENS JR. NEGA QUE NOMEAÇÃO DE IRMÃ DE DELEGADO DO PT NO SEU GABINETE TENHA MOTIVAÇÃO POLÍTICA

O deputado Rubens Jr. (PCdoB), em conversa com o titular deste blog, comentou a notícia envolvendo seu nome publicada agora pouco por um blog do Sistema Mirante. O parlamentar confirmou o nome de Mary Lucia, irmã de Francivaldo da Silva Coelho, delegado do PT, como funcionária do seu gabinete, mas rebateu a informação de que sua nomeação tenha sido motivada por questões políticas que envolvem a disputa interna do PT-MA.

Rubens Jr. disse que Mary Lucia dá expediente em seu gabinete e que sua contratação foi realizada para prestar serviços de consultoria para a área de Educação. “Ela é uma excelente profissional, é formada em Pedagogia e tem pós-graduação na área. E todos os dias ela dá expediente aqui no período da tarde”, disse.
De acordo com Rubens Jr., o factóide criado pelo Sistema de Comunicação de propriedade da família Sarney tem o objetivo apenas de “tirar o foco da discussão”. Conforme o comunista, o ato de nomeação está publicado no Diário da Assembléia e não é nenhum ato secreto e muito menos envolve parentes, prática comum, segundo ele, inerente à família que ocupa atualmente o governo do Estado e o Senado Federal.

“Ela [Mary] foi nomeada no último dia 20 de maio, dois meses depois do encontro de tática do PT, que na oportunidade definiu pela aliança com o PCdoB tendo o deputado federal Flávio Dino como candidato ao governo do Estado, aliança essa que continua mantida. A governadora Roseana Sarney é que nomeu delegados do PT no seu governo, dando-lhes duas secretarias”, contou o deputado.

Para Rubens Jr. isso foi uma estratégia montada como forma de desacreditar o depoimento de Francivaldo da Silva dado à revista Veja no último final de semana, quando na oportunidade ele revelou que houve compra de delegados do PT maranhense por dirigentes do partido a mando da governadora Roseana e do senador José Sarney.

“Vale ressaltar que o Francivaldo sempre foi contra a aliança do PT com o PMDB em torno do apoio à candidatura da governadora Roseana Sarney. Portanto, não há motivos que levem a acreditar que a nomeação da sua irmã no meu gabinete tenha sido por motivação política a fim de mudar sua opinião ”, declarou.

Edivaldo Holanda denuncia: governo faz politicagem com a Saúde

O líder da Oposição na Assembleia Legislativa, deputado Edivaldo Holanda (PTC), declarou na manhã desta quarta-feira (26) que são cada vez maiores as evidências de que o Governo do Estado está fazendo politicagem na área da saúde. O descalabro na rede hospitalar do Estado, segundo o deputado, é fruto de uma idéia megalomaníaca do ex-secretário de Saúde, Ricardo Murad, que, com a chancela da governadora Roseana Sarney, inverteu a lógica do Sistema Único de Saúde (SUS) e deu início à construção de 78 hospitais.

“O que se assiste hoje em nosso Estado é esta perversa politicagem, que se traduz em uma versão eleitoreira para ganhar uma eleição com dinheiro público”, declarou Edivaldo Holanda, lembrando que quando Ricardo Murad assumiu a Secretaria de Saúde do Estado ele conseguiu desmontar toda a sistemática do SUS no Maranhão.

Edivaldo Holanda, em seu discurso, enfatizou que, diferentemente da governadora Roseana Sarney, o então governador Jackson Lago, de forma planejada, concebeu a construção de cinco hospitais regionais para dar conta da problemática da saúde no Estado. O primeiro hospital foi construído em Presidente Dutra, inicialmente para atender 35 municípios, e hoje atende cerca de 50 municípios devido à grande necessidade de um hospital de referência na região dos Cocais.

Além do hospital regional de Presidente Dutra, estava previsto o hospital regional de Pinheiro, para onde foram alocados recursos da ordem de mais de R$ 10 milhões. Este hospital seria construído para atender todo o Alto Turi e toda a Baixada Maranhense. Outro hospital regional seria em Imperatriz, para atender toda a região Sul e Tocantina.

“Este foi o plano de um governo realizado com planejamento. Ou seja, a edificação de cinco hospitais regionais para atender o Maranhão, para desafogar São Luís, para desafogar Teresina”, frisou o líder da Oposição, assinalando ainda que os cinco hospitais regionais não seriam construídos diretamente pelo governador ou pelo secretário de Saúde, pois eram recursos transferidos para os municípios a fim de que os prefeitos administrassem as obras de edificação.

De acordo com Edivaldo Holanda, os recursos dos convênios que o governo Jackson Lago havia destinado a dezenas de municípios já estava nas contas das prefeituras, mas após a cassação do mandato de Jackson Lago, foram seqüestrados pela governadora Roseana Sarney. Uma vez mais, o líder da Oposição manifestou sua preocupação com a construção dos hospitais anunciados por Ricardo Murad.

“Se algum hospital desses for concluído, o prefeito que se lixe, ele é que vai ter de administrar a contratação de médicos, de enfermeiros, corpo técnico, medicamentos, tudo. Coisa que o município não vai conseguir, porque é caríssimo manter um hospital desses no interior do Estado. Eles ficam com o bônus e entregam o ônus para os prefeitos”, afirmou Holanda.

Ele encerrou seu discurso com uma mensagem de esperança, dizendo que o povo dará resposta nas urnas a tanto descalabro. “As forças da Oposição começam a se alinhar, começam a se preparar para a grande marcha da vitória, da libertação outra vez deste Estado e desta vez sem interrupção judicial. Chega de pouca vergonha!”, enfatizou o deputado.(Agência Assembleia)

O Globo: PT e Lula querem enquadrar o PMDB

Por Gerson Camarotti e Chico Gois

BRASÍLIA - Com o crescimento da petista Dilma Rousseff nas pesquisas sobre a disputa presidencial , o PT e o presidente Lula pretendem engrossar o discurso na relação com o PMDB, o aliado preferencial - pelo tempo na TV e pela estrutura país afora -, que até agora só cobrou faturas. Há forte clima de desconfiança entre os dois partidos, mas agora o próprio Lula, que vem se queixando há tempos da voracidade do PMDB, fala em enquadrar o aliado. A pesquisa Datafolha, que mostra a consolidação de Dilma com o eleitorado, será usada para tentar mudar parâmetros dessa relação.

Em conversas reservadas, Lula afirma que o PMDB passou do limite em cobranças para retirada de candidaturas de petistas nos estados. Até então, com Dilma em desvantagem, o presidente estava em silêncio. Agora, está disposto a convocar o PMDB e cobrar reciprocidade. Petistas próximos a Lula já verbalizam publicamente o novo tom do discurso.

- Estamos tratando o PMDB melhor do que estamos sendo tratados. Está desigual. O PMDB tem de saber o que quer. Não pode fazer exigência todo dia. Acho desequilibrada a aliança PT-PMDB, em desfavor do PT. Todo mundo adora um grau de fidelidade ao projeto, não só adesão, conveniência - disse o governador Jaques Wagner (PT-BA).

Num recente desabafo, Lula disse que o PMDB conseguiu tudo o que queria no governo, mas que não se mostra um aliado identificado com o projeto, e sim com pesquisas. O mesmo sentimento tomou conta do PT.

- Quando Dilma subiu nas pesquisas, os peemedebistas se apressaram para colocar o Temer (Michel) de vice. Se querem pagar para ver todas as vezes, é bom avisar que Lula vai mostrar força e, quando estiver em agosto ou setembro, vai se licenciar para estar ao lado da Dilma - diz o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP), amigo do presidente.

Lula não gostou de o PMDB ter cancelado o encontro que deveria ocorrer em 15 de maio para sinalizar o apoio a Dilma - na ocasião, a petista estava atrás de Serra nas pesquisas.

No PT, o clima é de inconformismo com o sacrifício de petistas em vários estados em nome do apoio do PMDB a Dilma. Lula quer cobrar uma contrapartida nos estados, especialmente em São Paulo e no Rio Grande do Sul, onde o PMDB regional já sinalizou apoio ao tucano Serra.

Em São Paulo, o desconforto é maior, pois é o estado de Temer, que será vice de Dilma. Lula também não aceita a situação no Pará, onde o PMDB do deputado Jader Barbalho - com cargos importantes em estatais - resiste em fazer aliança para apoiar a governadora Ana Júlia Carepa (PT).

- Queremos uma aliança nacional. Assim que fechar (a aliança), vamos afinar a viola e cobrar do PMDB o apoio. Acabo de ler que o PMDB gaúcho vai apoiar Serra. Isso não pode acontecer! - diz o presidente do PT, José Eduardo Dutra.

No Ceará, os peemedebistas trabalham para evitar a candidatura ao Senado do ex-ministro e deputado José Pimentel (PT-CE). Mas a Executiva Nacional do PT assumirá o desgaste da provável intervenção branca no Maranhão para forçar o partido a apoiar a reeleição da governadora Roseana Sarney (PMDB).

Os peemedebistas reclamam do PT, principalmente sobre o impasse em Minas, essencial para o acordo nacional. O PMDB de Minas quer o apoio do PT para eleger Hélio Costa governador.

- Ninguém deve ceder espaço quando está liderando nas pesquisas. O PMDB só tenta fazer acordos quando está na frente. Nunca pediu para o PT retirar candidatura na situação inversa. Tudo tem que ter lógica. Seria o mesmo de a gente querer que a Dilma seja o vice de Temer. Já que estamos num casamento fechado, é importante que haja gestos. Em nome da aliança nacional abrimos mão de muita coisa - diz o vice-presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO).

A subida de Dilma animou o governo. O presidente Lula evitou falar diretamente do assunto, mas disse, na inauguração da TV Brasil Internacional , nesta segunda:

- Não tem facilidade. As pessoas dificultam. Estou num momento da minha vida em que, quanto mais mal de mim falam, melhor para mim. Porque quando se mente demais, as pessoas descobrem que é mentira.

Assessor especial para assuntos internacionais da Presidência e um dos coordenadores da campanha de Dilma, Marco Aurélio Garcia avaliou que o crescimento da petista é reflexo de sua maior exposição , além do apoio de Lula:

- Não estavam dizendo que a Dilma estava muito exposta e gente criticando que ela tinha cometido gafes, trapalhadas etc.? Demonstra que não. A avaliação dos eleitores em relação ao desempenho dela é que foi muito bom. O peso do presidente é muito grande, mas é óbvio também que a exposição da Dilma como candidata funcionou muito para tocá-la para cima. Acho que os analistas vão quebrar a cara de novo.

Sobre o bom momento de Dilma, o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse:

- Dilma está bonita, está demais! Quem olhar para a cara de um (Dilma) e para cara do outro (Serra) não tem dúvida: o outro é muito feio. Não tem muita sorte. Foi candidato contra o Lula quando o povo queria mudança (alusão à eleição de 2002). Agora é candidato contra Dilma quando o povo quer continuidade.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Partidos se unem para derrotar Roseana Sarney

  Blog do Ricardo Santos
A semana começou bastante agitada e promete sacudir os alicerces da política maranhense. As duas correntes políticas de oposição ao grupo Sarney, se reuniram na tarde dessa segunda feira, para deixar claro para a sociedade que a luta pela libertação terá continuidade.

Na Sede estadual do PSDB, houve um encontro das principais lideranças tucanas e pedetistas, onde foi decidido o apoio ao governador cassado Jackson Lago do PDT. Na reunião o assunto girou em torno da cassação; a forma brutal que o esquema Sarney usou para interromper um governo autêntico, sem se preocupar com a opinião de quem votou pela alternância de poder, anulando os votos da população.

No encontro, ficou acertado o apoio ao candidato tucano José Serra.

Entrevista na Sede do PT
 Os partidos de oposição ao Sarney, que compõem a chapa da candidata à presidência Dilma Rouseff, se encontraram na sede do Partido dos Trabalhadores, para concederam uma entrevista coletiva e mostrar que seguiram todos os trâmites exigidos pela nacional petista. Estiveram presentes, os partidos do pré-candidato a governador Flávio Dino e representantes do PT, PC do B e PSB. Sobre o PT/PC do B, até agora ninguém quis falar o óbvio, ou seja, todos estão vendo a dura realidade que se aproxima, mas ninguém quis falar disso.

O certo é que em todo o Brasil, o querer de Lula até agora falou mais alto. O querer de Lula fez calar a justiça que cassou governadores, mas essa própria “justiça” não conseguiu ver, que a candidata Dilma faz campanha antecipada, e nada acontece. A julgar pela ótica dos poderosos, o presidente Lula descartará o PC do B, e passará por cima de tudo e todos, apenas para fazer valer mais uma vez, as exigências feitas nas instancias “superiores” de Brasília. 

 Como no Brasil se vive com os olhos no futuro, mas com os pés no passado, vale a pergunta: alguém tem duvidas do que virá por aí?

O PSDB é um partido que tem favorecido as lutas políticas nos estados, afinal, cada região do Brasil tem uma realidade política diferente, e essa, talvez seja a grande sacada do tucano José Serra, que está fazendo justamente o contrário do que faz o presidente Lula, que desrespeita a vontade da população que pede mudanças.

 Essa talvez seja a grande arma tucana, que aposta na voz dos que foram calados pelas instancias superiores e das camadas altas de Brasília. Como diz o poeta:”o artista tem que ir onde o povo estar”, é ponto para o Serra.



Zé Reinaldo e Flávio Dino dizem que a oposição, unida, irá derrotar Roseana

PT, PCdoB e PSB anunciam chapa majoritária para as próximas eleições

POR MANOEL SANTOS NETO

O ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) e o deputado federal Flávio Dino (PCdoB) concederam entrevista coletiva à imprensa, ontem à tarde, ocasião em que analisaram o cenário político e eleitoral do Maranhão e demonstraram que as forças de oposição têm todas as condições de impor uma nova derrota ao grupo Sarney, nas próximas eleições. Para os oposicionistas, a desesperada tentativa de uma aliança com o PT é uma evidência de que a governadora Roseana está fragilizada e deverá perder a próxima eleição.

Flávio Dino e Zé Reinaldo concederam a entrevista ao lado de Terezinha Fernandes, pré-candidata a vice-governadora, e Bira do Pindaré, que juntamente com Zé Reinaldo será candidato a senador. Será esta a chapa majoritária que o PT, o PCdoB e PSB juntos disputarão as eleições de 2010.

O vice-presidente do PT/MA, Augusto Lobato, membros da coordenação da campanha e outros dirigentes da direção do Partido dos Trabalhadores anunciaram à imprensa como será feita a coligação dos três partidos - PT, PSB e PCdoB - para eleições de 2010. A entrevista foi concedida na sede do PT, na Rua do Ribeirão.

Augusto Lobato explicou que a entrevista foi convocada para apresentar a chapa escolhida pelos três partidos, que se coligaram para disputar as eleições deste ano. Os nomes foram escolhidos durante o Encontro Estadual do PT, realizado na sexta-feira (21) e no sábado (22), na sede do Sindicato dos Bancários, em São Luís.

No encontro, foram escolhidos os nomes para a disputa de senador, vice-governador, deputado federal e estadual. O grupo tem como candidatos a senador José Reinaldo (PSB) e Bira do Pindaré (PT). Terezinha Fernandes, por sua vez, foi o nome escolhido para o cargo de vice-governadora. A chapa terá o deputado federal Flávio Dino (PCdoB) como candidato a governador.

Renovação da política maranhense – O deputado Flávio Dino destacou na entrevista que o seu partido, o PCdoB, em reunião ocorrida no último final de semana, em São Paulo, reafirmou a sua candidatura e que iria cobrar o apoio do PT no Maranhão. “Em 26 estados estamos apoiando o PT, e esperamos que ele nos apoie no Maranhão”, frisou.

Flávio Dino observou que a aliança proposta para 2010 é a mesma de 1989, na primeira candidatura de Lula a presidente da República, quando se formou a Frente Brasil Popular e a mesma de 2006, quando Sarney já era aliado de Lula, e Roseana saiu candidata a governadora do Maranhão sem o apoio do PT.

“Por que só isso agora? Somos aliados históricos e comprometidos com a mudança no nosso estado, onde o povo amarga a miséria e o abandono”, afirmou Flávio Dino, rechaçando as pressões para que o PT/MA apoie a candidatura de Roseana Sarney. O ex-governador José Reinaldo foi enfático ao dizer que a direção nacional do PSB está fechada com a candidatura de Flávio Dino e recomenda que o PT também apoie o pré-candidato comunista.

Em seu discurso, Bira do Pindaré, falando na condição de secretário de Organização do PT/MA, e de pré-candidato ao Senado, disse que não acredita numa eventual intervenção da direção nacional petista no Maranhão: “Não há razão de ser, pois ela só poderá acontecer se houver um processo disciplinar que o justifique, o que não é o caso do Maranhão. Nós não infringimos nenhuma norma partidária nem ferimos as diretrizes do Congresso do partido. Não acreditamos que o comando do PT vá levar essa mácula para a campanha de Dilma Russeff”, observou.

Sobre a determinação do presidente Lula em apoiar a aliança com a família Sarney noMaranhão, Bira do Pindaré foi lacônico: “No nosso estatuto a base é soberana e não há previsão de caciques políticos”, alfinetou. A candidata a vice-governadora, Terezinha Fernandes, ressaltou que eles não estão confrontando a direção nacional do PT, mas cumprindo o que a ampla maioria decidiu.

“Estamos cumprindo o que é melhor para a democracia interna do PT e o melhor para o povo do Maranhão, que não suporta mais conviver com o atraso. O Brasil inteiro se desenvolve e o nosso estado continua com os piores índices sociais do País”, salientou Terezinha Fernandes.

Flávio arranca para a vitória

 Por Zé Reinaldo

Nenhum outro aguentaria o bombardeio de desinformação que a oligarquia dirige à candidatura de Flávio Dino. Vejam que, de acordo com o que dizem, ora Dino desiste, ora é o PT que desiste dele, em seguida é o PC do B que lhe tira a legenda... Isso sem contar fatos estapafúrdios, como quando anunciam que ele teria se aliado a Roseana Sarney para ser senador, ou que Lula iria chamá-lo para ordenar-lhe desistir da candidatura, ou que o PSB o abandonaria, e que sua vitória em convenção do PT não vale, e por aí vai...

Agora inventam que o PSB vai apoiar Roseana Sarney, o que é um descalabro e um desrespeito aos seus membros, que jamais aceitariam tal coisa. E eu, que mostro que a pobreza do Maranhão é culpa da oligarquia e que escrevo todas as terças no Jornal Pequeno, onde coloco nome e sobrenome da família que chefia a oligarquia, criticando-os diretamente, sem subterfúgios, colocando minha cara para as pancadas que não cessam de vir? Ora, por favor, contenham-se... Isso demonstra desespero!

Todos sabem que todos os dias eles postam mais mentiras e desinformações sobre Flávio Dino. E qual é o resultado disso?

Pois bem, para surpresa deles Dino é “osso duro de roer”. Sem entrar no jogo rasteiro, na baixaria, a tudo enfrenta e o resultado é que o feitiço está virando contra o feiticeiro. Flávio Dino vai se reafirmando como a grande e forte liderança que a população precisa na construção desse outro Maranhão que todos querem. Um líder de verdade!

Flávio mal começou a ir ao interior em pré-campanha e garante apoios por onde passa. Cresceu de 13% para 18% em menos de um mês de andanças. Dizem que pesquisas encomendadas por Roseana Sarney mostram-na com 43% e Flávio e Jackson empatados com 20% o que a deixam descontrolada!

Quanto a mim, os jornalistas que trabalham para o jornal da oligarquia todos os dias publicam que eu estou fazendo ou pensando fazer isto ou aquilo para barrar candidatos ao Senado. A lista já vai se tornando grande: começou com Clodomir Paz e em seguida Edson Vidigal, Bira do Pindaré, Jackson Lago e agora Roberto Rocha. Devem aparecer mais...

O problema é que eles pensam com a cabeça de seus chefes, que realmente também pensam assim. Lá, tal como uma organização familiar rígida, só membros da família em primeiro lugar têm vez e acesso a candidaturas majoritárias (e Roseana Sarney neste quesito é absoluta. Que o digam Edison Lobão, Sarney Filho, Mauro Fecury, João Alberto e outros). Depois daqueles, vêm os que passam pelo crivo dela. José Sarney, o patriarca, geralmente apóia essas decisões e vetos.

Assim, partem de pressupostos equivocados, já que eu, como já demonstrei para todo o Maranhão, não sou apegado a cargos e sou capaz de me sacrificar por uma causa que entenda justa e merecedora.

Em 2006 abri mão de uma candidatura vitoriosa ao Senado ou à Câmara para evitar a terrível manipulação do governo, que seria fatalmente feita pela oligarquia, em favor de sua candidata.

Fiquei sem mandato e permaneci assim até hoje. Quem antes de mim fez algo semelhante? Quem interromperia sua carreira política por outros? Quem já fez algo semelhante no Maranhão?

Dessa maneira, empenhados em lançar a discórdia e a desconfiança entre nós e tentando aproveitar imaturidades, eles me colocam nessa posição, contrariando tudo o que eu fiz, quando, inclusive, estava com o poder nas mãos.

Sei que eles agem nesse sentido utilizando tudo o que podem usar. Não me cabe aqui julgar ninguém, mas, pensando como eu penso, jamais farei nada para impedir nenhuma candidatura, mesmo que isso estivesse ao meu alcance. Quem convive comigo sabe disso. Perdem tempo com essa história. Nossa luta é contra a oligarquia e jamais será contra os que a combatem.

Minha pré-candidatura ao Senado nasceu da minha experiência no governo. Sei o que sofri e o que o Maranhão perdeu por não contarmos com nenhum senador. Um exemplo notório dessas dificuldades foi o empréstimo do Banco Mundial com a finalidade de combate a pobreza. O Banco e o governo brasileiro aprovaram o empréstimo rapidamente (afinal, o Maranhão havia chegado em 2002 a terrível condição de estado mais pobre do Brasil), mas apenas para receber autorização formal do Senado(já que estava tudo aprovado) o empréstimo ficou parado criminosamente durante três anos. O horizonte só mudou após uma histórica passeata, que contou com 18 mil pessoas pelas ruas de São Luís, e uma ida, em seguida, a Brasília, num clamor revoltado nas galerias do Senado, emitido por trezentos representantes da agricultura familiar e de sindicatos e organizações sociais, conseguimos a atenção de senadores de outros estados que exigiram a votação do empréstimo.

E este foi votado e aprovado, com enorme aclamação das galerias, ainda que sob o discurso colérico de Sarney, que deixava cair a máscara, mostrando seus requintes de suserania. “Esse dinheiro não sai!”, dizia o senador.

Mas saiu. E saiu com a ajuda do governador Eduardo Campos, de Pernambuco, também presidente do PSB, em conversa não agendada que tivemos com Lula. Na ocasião, o presidente falou: “É demais, vamos liberar”. Além disso, foi muito valioso e determinante o enorme prestígio e respeito pessoal de Simão Cirineu entre os técnicos do governo para conseguirmos a liberação final.

E, prosseguindo, também tenho a convicção de que Jackson Lago foi mais facilmente tirado do governo por não termos eleito um Senador em 2006. Se isso tivesse acontecido as coisas iriam ocorrer de maneira diferente.

Daí veio toda a motivação para retomar a carreira política interrompida e me colocar para a defesa dos legítimos interesses do estado; há muito, abandonados. E fico feliz porque o povo maranhense compreende isso e está me incentivando e apoiando.

Para finalizar, recomendo que leiam a revista Veja desta semana e reparem como Roseana Sarney desrespeita o PT e os maranhenses. A matéria publicada pela revista comenta ofertas entre R$ 20 mil e R$ 40 mil para comprar apoios nas convenções petistas. De onde vem esse dinheiro? Que baixaria!

E Roseana Sarney pelos crimes que cometidos, que nunca são julgados, vai concorrer como “ficha oculta”? Quem responde isso?

O que pretende um candidato que é capaz de gastar tanto dinheiro ainda em pré-campanha certamente com caixa dois? Que governo sairia de uma pessoa assim?

Será que campanha desonesta leva a governo honesto? Pensem nisto.

E tudo por medo. Agora atentem para uma coisa: a corrente pró-Flávio Dino vai ficando caudalosa e não é a baixaria que vai pará-lo.

PT apresenta chapa majoritária com Flávio Dino candidato ao governo

 Blog do John Cutrim
Integrantes do PT, PSB e PCdoB apresentaram hoje (24), em entrevista coletiva na sede do PT, os integrantes da chapa formada pelos três partidos e que deverá disputar as eleições de outubro. A chapa é encabeçada pelo deputado federal Flávio Dino (PCdoB), que será candidato ao governo do estado. A coligação traz como vice a ex-deputada Terezinha Fernandes (PT) e como candidatos a senador o ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) e Bira do Pindaré, indicado pelo PT.

A chapa foi definida durante o segundo encontro de tática eleitoral do partido, ocorrido nos dias 21 e 22 de maio. A atividade faz parte do cumprimento do calendário de atividades estabelecido pela direção nacional do PT e reuniu 89 delegados – dois a mais que a maioria que decidiu pelo apoio a Flávio Dino nos dias 26 e 27 de março.

Na última sexta-feira, um ofício da direção nacional do PT afirmou que a situação maranhense estaria em pauta na Convenção Nacional do partido, a ser realizada em junho. A pré-candidata Terezinha Fernandes, porém, garantiu a legalidade do ato político realizado no final de semana.

“Não estamos de maneira nenhum confrontando a direção do partido ou o presidente Lula. Estamos cumprindo aquilo que a maioria dos petistas do Maranhão decidiu”, disse ela, lembrando que a coligação representará um palanque forte para a candidatura da ministra petista Dilma Roussef.

Frente Popular

O pré-candidato ao Senado e secretário de formação do PT no Maranhão, Bira do Pindaré, lembrou ainda que a aliança montada entre PT, PCdoB e PSB no Maranhão é a mesma formada em 1989, primeiro ano em que Lula concorreu à Presidência da República; e em 2006, quando o presidente concorreu à reeleição. Para Bira, isso é mais um indício de que os componentes da chapa são aliados históricos. “Temos um compromisso com a democracia e com o povo maranhense, que precisa sair da miséria e do abandono”, disse.

O deputado federal Flávio Dino, que é pré-candidato ao governo do estado, agradeceu o apoio dos partidos aliados e elogiou as escolhas feitas pelo PT e pelo PSB. “Temos candidatos com experiências diferentes, trajetórias diferentes, mas é isso que traz o enriquecimento dessa nossa chapa”, avaliou.

Em seu discurso, Flávio Dino reforçou aos militantes e a imprensa o compromisso de fazer um governo voltado para os interesses dos movimentos sociais e as camadas da população mais pobres, buscando o desenvolvimento do Maranhão, com responsabilidade e sustentabilidade. O pré-candidato também lembrou o Encontro Nacional do PCdoB, ocorrido em São Paulo no último final de semana. Na ocasião, o partido decidiu por unanimidade reforçar o apoio à candidatura de Flávio para o governo.

Flávio Dino também pediu uma salva de palmas para homenagear os três jornalistas maranhenses falecidos na última semana: Jurivê Macedo, Walter Rodrigues e Telma Borges.

“Camisa não vota”

Vice-presidente do PT do Maranhão, Augusto Lobato disse não acreditar que irá haver intervenção da coordenação nacional na legenda no sentido de revogar o apoio ao PCdoB.

Atualmente terceiro colocado nas pesquisas de intenção de voto, Flávio diz ter certeza que a maior parte do PT, mesmo a parcela nacional da legenda, deseja a sua candidatura. De acordo com as pesquisas de intenção de voto realizadas até o momento, Flávio Dino ocupa o terceiro lugar e registrou crescimento de quase 5% no último mês.

Ele credita ao rápido crescimento as tentativas de dificultar a sua candidatura. “Já ultrapassou muito a fronteira normal da política e virou quase uma tentativa de coação”, definiu.

Flávio Dino relembrou ainda que a aliança construída este ano no Maranhão é idêntica à da última eleição presidencial. “Em 2006, fizemos a mesma aliança e não houve intervenção nem anulação nem nada. Por que agora?”, questionou.

E completou, confirmando que será candidato ao governo mesmo que o apoio do PT não se concretize. “Mesmo que fosse forçado o apoio aos nossos adversários, eles levariam só o cartório, isto é, só o tempo de campanha e as camisas. Só que camisa não vota, e os corações estariam com a gente”, concluiu.

PT do Maranhão desafia o comando nacional

Agencia O Globo/Francisco Junior e Isabel Braga e Maria Lima

Partido criará comissão para apurar denúncia de que emissários de Roseana estariam tentando comprar votos

Desafiando o Diretório Nacional do partido, lideranças do PT maranhense reuniram-se sábado à noite, em São Luís. O grupo reafirmou o apoio à candidatura do deputado Flávio Dino (PC do B) ao governo do estado e indicou a petista Terezinha Fernandes, ex-deputada federal, para vice.

Dino é adversário da governadora Roseana Sarney (PMDB), que disputa a reeleição com apoio do presidente Lula e da candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff. A guerra política no estado resvala agora também para a área criminal. Esta semana, a cúpula do PT formará uma comissão para apurar denúncia de que emissários da família Sarney estariam oferecendo dinheiro a delegados petistas em troca de apoio a Roseana.

Delegados teriam recebido ofertas de até R$ 40 mil A denúncia, veiculada pela revista “Veja”, dá conta de que as ofertas iriam de R$ 20 mil a R$ 40 mil. Segundo a reportagem, o dinheiro, em pacotes, era oferecido no meio da rua. Um dos denunciantes é o delegado petista com direito a voto Francivaldo Coelho. Ele contou que recebeu a oferta no estacionamento de um shopping, em São Luís, e que o intermediário era Rodrigo Comerciário, um leal aliado da família Sarney. O encontro teria ocorrido no último dia 14.

O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra (SE), disse que a comissão que irá ao Maranhão será composta, entre outros, pelo secretário-geral do PT, deputado José Eduardo Cardozo (SP), e pelo secretário de organização, Paulo Frateschi.

— Como a denúncia cita nomes, a tarefa da comissão será ouvir e fazer apurações que irão instruir um possível processo de quebra de decoro e ética partidária — disse Dutra.

Impasse será decidido no mês que vem O presidente do PT, no entanto, afirmou que a questão política no Maranhão — se o PT apoiará Dino ou Roseana — será resolvida pelo Diretório Nacional, no dia 11 de junho.

O secretário de Comunicação do governo do Maranhão, Sérgio Macedo, negou as denúncias.

Ele disse que ninguém pode provar que peemedebistas ou emissários da governadora Roseana Sarney tentaram comprar delegados petistas

O PT acabou no colo da elite golpista do Maranhão

Da Coluna do Augusto Nunes/Veja.com

Em 2005, quando o escândalo do mensalão implodiu o templo das vestais de araque, os brasileiros descobriram que os sacerdotes do PT, enriqueciam em missas negras que juntavam ecumenicamente cardeais e coroinhas alugados em quaisquer partidos. Passados cinco anos, informa a presente edição da revista VEJA, os velhos gigolôs do monopólio da ética vão além de comprar, alugar ou arrendar. Também são arrendados, alugados ou comprados, como anda ocorrendo no Maranhão.

Como a convenção regional do PT negou-se a ratificar o apoio à reeleição de Roseane Sarney, conforme Lula ordenara, a governadora resolveu apressar as coisas com os métodos aperfeiçoados pela famiglia em 50 anos de vilanias. Vários delegados municipais já receberam de R$ 20 mil a R$ 40 mil para entenderem que o melhor para o Maranhão é a troca da aliança celebrada com o PCdoB, que lançou a candidatura do deputado Flávio Dino, pelo palanque da herdeira do Homem Incomum.

Pela qualidade da mercadoria, o preço parece excessivo. Mas tem cara de fim de feira. Além da bolada, os convertidos ganham um brinde que aplaca remorsos improváveis: a gratidão do chefe supremo, que prometeu ao amigo que chamava de ladrão facilitar as coisas para a filha em apuros. Alguns petistas maranhenses ainda consideram intragável tal parceria. Terão de achá-la saborosa ou mudar de partido.

A gritaria dos milicianos contra a direita reacionária, o capitalismo selvagem e a oligarquia exploradora não rima com a submissão a um clã que é tudo isso e muito mais. Mas sempre prevalece a vontade do cara que está em todas. Em junho de 2005, Lula abençoou a compra de delinquentes aliados. Neste fim de maio, abençoa a venda de companheiros desfrutáveis.

Quando nasceu, há apenas 30 anos, a sigla pretendia ser moderna. Perdeu o viço ainda adolescente, envelheceu antes da idade adulta, perdeu a honra aos 25 anos, perdeu os militantes que sonhavam, virou um bando de milicianos, fez a opção pelo primitivismo e, acanalhada pelo Grande Pastor, hoje é uma seita condenada à morte.

Sempre berrando juras de amor aos ícones da esquerda psicótica, o PT, quem diria?, agoniza no colo da elite golpista do Maranhão.

domingo, 23 de maio de 2010

Disputa por secretaria expõe 'racha' no clã

GUERRA NO GOVERNO
Ricardo Murad não consegue seu intento de voltar a ser secretário de Saúde; Roseana Sarney resistiu às pressões do cunhado, aceitando os conselhos do marido Jorge, crítico da demasiada ‘ocupação de espaços’ do irmão no governo, e da filha Rafaela, que quer manter o tio de seu marido na Secretaria da Saúde

POR OSWALDO VIVIANI

A pretensão de Ricardo Murad - ex-deputado estadual pelo PMDB e ex-secretário de Saúde do Maranhão - de voltar à secretaria, desistindo de tentar a reeleição à Assembleia Legislativa, parece não ter vingado. Ricardo anunciou essas decisões por meio de um blog do Sistema Mirante, no domingo passado, e desde então tem pressionado, de todas as formas, a governadora Roseana Sarney Murad (PMDB), sua cunhada, a renomeá-lo secretário.

No entanto, gente do próprio clã "pôs areia" na manobra de Ricardo, que visava derrubar o atual secretário da Saúde, Luiz Alfredo Netto Guterres Soares Júnior, porque este resolveu ser o secretário de fato e não uma espécie de "rainha da Inglaterra", como queria Murad.

Segundo o Jornal Pequeno apurou, o ex-secretário continuava "despachando" do Hotel Luzeiros (Ponta do Farol), como se secretário ainda fosse, distribuindo tarefas e ordens aos funcionários mais próximos a ele na Saúde, como Fernando Neves da Costa e Silva (secretário adjunto de Administração e Finanças), José Márcio Soares Leite (secretário adjunto de Regionalização dos Serviços de Saúde), Jorge Luiz Pereira Mendes (secretário adjunto de Saneamento) e Vera Castro (Compras).

Jorge, Rafaela, Sarney, Lobão... - Crítico da demasiada "ocupação de espaços" do irmão no governo, Jorge Murad aconselhou a mulher, Roseana, a resistir às pressões de Ricardo. A filha adotiva da governadora, Rafaela, também entrou no circuito, a favor de Luiz Alfredo. O atual marido de Rafaela, o bacharel em Direito Luiz Gustavo Amorim (filho de Leomar Barros Amorim de Sousa, desembargador federal e membro do Conselho Nacional de Justiça - CNJ), é sobrinho do secretário da Saúde.

O patriarca do clã, José Sarney (PMDB-AP, presidente do Senado), e Edison Lobão (PMDB-MA, que tentará se reeleger senador) também mandaram seus recados de Brasília contra a substituição de Luiz Alfredo. Sarney, como se sabe, preza muito suas relações com integrantes do Judiciário, e não quer ver estremecida sua amizade com o desembargador Leomar Amorim.

Ricardo Murad (centro) deve perder a briga pela Secretaria da Saúde para
o irmão Jorge, que o quer longe do governo da mulher Roseana Sarney

Edison Lobão, da mesma forma, mantém bom relacionamento com a família Amorim. Conforme a Folha de S. Paulo revelou em 2009, Luiz Gustavo Amorim foi nomeado pelo então ministro Lobão, em 2008, a um cargo de confiança na Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral, do Ministério de Minas e Energia, com salário de mais de R$ 2,5 mil.

Portarias da discórdia - Três portarias - duas assinadas no dia 5 de abril e uma no dia 17 deste mês de maio, anulando as duas primeiras - foram o estopim da "guerra" na secretaria, que se estendeu ao governo.

Publicadas no Diário Oficial do Estado no dia 6 de abril, as portarias números 197 e 198 - assinadas por Luiz Alfredo Guterres, mas idealizadas por Ricardo Murad, pouco antes de sua saída da Secretaria da Saúde, para manter o órgão sob seu controle -, davam ao "homem de confiança" de Murad na Saúde, o secretário adjunto de Administração e Finanças Fernando Neves da Costa e Silva, atribuições próximas às de um secretário de Estado.

Pela portaria 197, Neves ficou incumbido de movimentar os recursos do Fundo Estadual de Saúde junto ao Banco do Brasil e à Caixa Econômica Federal, além de solicitar a abertura de contas de depósito em nome da Secretaria da Saúde; efetuar transferências e pagamentos; efetuar resgate de aplicações financeiras; e cadastrar, alterar e desbloquear senhas de contas.

Já a portaria 198 autorizava o aliado de Ricardo Murad a deflagrar e homologar processos licitatórios; liberar passagens aéreas; ordenar a emissão de notas empenhos e pagamentos (ordens bancárias); assinar contratos, termos de parceria, convênios, contratos de gestão, ou quaisquer outras contratações e parcerias com terceiros, fossem eles entes públicos ou privados; assinar portarias; assinar ofícios e outras correspondências; liberar diárias e adiantamentos; assinar prestações de contas dos convênios federais; e assinar e receber mandados judiciais.

A revogação dessas duas portarias, retirando os poderes de Fernando Neves na Secretaria da Saúde - e, por extensão, de Ricardo Murad - foi publicada no Diário Oficial do Estado de 18 de maio passado. De número 299, a nova portaria designou o gestor do Fundo Estadual de Saúde, Inácio da Cunha Boueres, como executor de despesas, e não cita mais o nome de Fernando Neves.

Cargo à disposição - Assim que soube da retirada de suas atribuições na Secretaria da Saúde, Fernando Neves redigiu uma carta, endereçada ao secretário Luiz Alfredo, colocando seu cargo de secretário adjunto de Administração e Finanças à disposição. "O meu pedido dá-se para que Vossa Excelência possa ficar à vontade para compor a sua equipe de trabalho, uma vez que a minha indicação se deu na gestão anterior", escreveu Neves. A efetivação de sua saída do cargo ainda não foi decidida.

O governo estadual até o momento não veio a público para esclarecer o "imbróglio" da Saúde. Durante boa parte da semana que passou, a governadora Roseana Sarney viajou para quatro cidades maranhenses - Miranda do Norte, Itapecuru Mirim, Chapadinha e Presidente Vargas - e não comentou assunto. O JP tentou ouvir a posição da governadora, na sexta-feira e ontem, por meio de sua Assessoria de Comunicação, mas a assessoria informou que não conseguiu contato com Roseana.

O secretário de Saúde, Luiz Alfredo Guterres, disse, por meio de sua assessoria, que prefere não comentar o assunto enquanto a governadora não formalizar sua decisão sobre o caso.

A reportagem deixou ontem um recado na caixa postal do ex-secretário Ricardo Murad, informando que queria ouvi-lo, mas até o fechamento dessa matéria, na tarde de ontem, ele não havia retornado a ligação.

O JP apurou que Roseana Sarney - por influência do marido Jorge Murad - já teria decidido frear as novas investidas de Ricardo Murad na Secretaria da Saúde. Às vésperas de enfrentar uma campanha eleitoral que promete ser acirrada, ela preferiria manter na secretaria, em vez de um político tido como "espaçoso" como Ricardo, um técnico qualificado e bom administrador - perfil de Luiz Alfredo Guterres, ex-diretor do Hospital Geral.

Isso evitaria decisões políticas desastradas na área, como o corte de recursos estaduais aos municípios, levado a cabo por Ricardo Murad. A medida foi apontada como causa principal da morte de 17 crianças por falta de leitos de UTI em Imperatriz (segunda cidade mais importante do Maranhão), e arranhou de forma irremediável a imagem do governo cujo slogan é "governar é cuidar das pessoas".
Quanto a Ricardo Murad, o mais provável é que ele "desista de desistir" e retome o projeto original de tentar retornar à Assembléia Legislativa, lugar que, segundo ele próprio teria definido, não envolve nada ligado a povo. "Entre meu mandato e o povo, fico com o povo. Meu objetivo agora é trabalhar pelo Maranhão", teria dito Ricardo, na reunião em sua casa, no sábado, 15, em que desistiu da candidatura a deputado e se "autonomeou" novamente secretário de Saúde. Faltou combinar com Roseana e o clã.